[step into #2… junho]
Dar as boas-vindas a junho, já a pensar em festas populares, pimentos assados e nos primeiros dias de praia.
Nota-se que vivemos num país que deseja o sol mais do que tudo quando junho chega com festas populares a acontecer a cada esquina. Até podem começar em maio e sabermos que haverá várias até setembro, mas junho é, por excelência, o mês das festas populares. Para mim essas festas sempre se mantiveram no São João. O Santo António e as típicas marchas pareciam sempre a festa mais foleira, o São Pedro era esquecível e o São João é que tinha coisas engraçadas como fogueiras de rosmaninhos, sardinhadas, caldo verde, gente a andar à martelada (tenho noção de que, fora de contexto, isto não é apelativo).
Depois veio a época em que todas as festas populares se tornaram foleiras, porque há sempre uma altura em que todos somos demasiado fixes para tudo. Claro que depois isto dá a volta e, não sei bem como nem porquê, acabamos por voltar a ter a nossa festa popular de eleição ou voltamos a desejar alguma experiência que tínhamos sempre em festas populares.
Aqui pelo Porto já sabemos que isto começou com a Senhora da Hora, está no Senhor de Matosinhos, mas já estamos a pensar no São João. O São João daqui é diferente. Pelos locais mais típicos ainda cheira a sardinha e carne assada, mas sabemos todos que o objetivo é fazermos parte de uma multidão para vermos o fogo de artifício junto ao Douro e é um dia em que todos nos falamos porque todos andamos com martelinhos de plástico a dar na cabeça uns dos outros. E depois, claro, há os balões. A noite de 23 para 24 fica tão bonita com centenas de balões no céu.
Com um bocadinho de jeito ainda chegamos ao São Pedro, embora não saiba bem qual é a tradição do São Pedro, porque só fui ao São Pedro da Afurada. Quanto ao Santo António… honestamente, continuo a achar as marchas populares algo foleiro, desculpa. Mas não estou numa zona onde isso seja uma parte importante da minha festa popular por isso acho que até nestas coisas sempre soube onde é que pertencia.
Junho é um mês de que gosto, um mês que traz cheiro próprio e que parece prometer que agora tudo vai abrandar até setembro. Junho é daqueles meses em que os dias parecem dar para tudo e parece sobrar tempo. Vive-se com calma neste mês, os dias adotam a velocidade que bem lhes apetece e nós deixamo-nos ir com eles. Dá vontade de organizar piqueniques e sessões de leitura ao sol, as roupas são mais leves e juro que até a vida parece mais leve, não achas?
Para junho…
Uma receita… ou duas
Para mim, junho tem pratos típicos: sardinha assada, pimentos assados, bifanas… por isso claro que tinha de trazer comida. Em primeiro lugar, bifanas, daquelas com carne tenrinha, no pão… a receita tem sempre um ou outro detalhe de quem a faz, mas esta receita do Continente consegue ser uma boa opção para organizar uma jantarada de amigos e pôr toda a gente a comer uma bela bifana no pão.
E porque jantarada implica sobremesa, tenho de partilhar a receita que mais me lembra jantares com amigos porque foi a que mais fiz durante algum tempo: serradura. Esta receita do blog da Nestlé é aquela que costumo seguir, mas tenho uma dica: acrescenta uma folha de gelatina ao creme. Vai dar uma consistência melhor e, bem fresquinha, vai ficar impecável.
Um livro
A leveza deste mês, associada ao facto de poder ser um mês de agenda cheia de saídas, meio que pede livros que se encaixem neste estado de espírito. A minha sugestão é Deriva, o segundo livro da Madalena Sá Fernandes. Deriva é uma coletânea de crónicas e, para mim, as crónicas são uma ótima opção quando temos menos tempo para ler ou quando queremos uma leitura mais tranquila. No caso do Deriva, há ainda o extra de a Madalena ser uma escritora jovem, com sentido de humor e com uma qualidade soberba.
Um álbum
O novo álbum da Nena, Um Brinde ao Agora, saiu em maio, mas parece estar mesmo a pedir para fazer parte da banda sonora do verão, em viagens de carro, em tardes a ler no parque ou em fins do dia na praia.
Uma atividade
Em junho já começa a apetecer o primeiro dia de praia do ano, com um livro a acompanhar, a torcer para não apanhar nortada… admito que já estou a pensar em praia — que, para mim, é estar confortável a ler durante um bocado e uma bela caminhada à beira-mar.
Um lembrete
Já em em junho dizemos olá a uma nova estação do ano, fica a minha melhor dica: como devemos trocar escovas de dentes, pufs do banho e até filtros dos jarros de água regularmente, de preferência a cada três meses, usa as mudanças de estação para o fazeres. Torna-se mais fácil não te esqueceres de quanto trocaste e assim sabes sempre à partida quando é para trocar novamente.